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2 de maio - 2023

A forma de pensarmos pode ditar o que sentimos

A forma de pensarmos pode ditar o que sentimos

Nas raízes da Terapia Cognitivo Comportamental (TCC) existe um modelo importante chamado “ABC”, estabelecido por Albert Ellis, que propõe que os acontecimentos (A) geram interpretações (B), que então provocam reações emocionais e consequências/condutas (C) alinhadas às nossas formas de pensar ou interpretar os acontecimentos. Nesse sentido, não seriam os acontecimentos os principais agentes geradores das consequências emocionais, e sim a forma como interpretamos os eventos ocorridos. Com isso, as nossas crenças pessoais acabam tendo um papel estruturante ao moldar os nossos sentimentos e ações.

Ellis se inspirou em Epiteto (filósofo grego), que dizia que “os homens não se perturbam pelas coisas, mas pelas opiniões que têm sobre elas”.

Esta é uma constatação importante, pois muitos de nós, se não todos, acabamos por desenvolver pensamentos distorcidos ou irracionais da realidade, fazendo com que, por vezes, interpretemos de forma negativa ou equivocada certos acontecimentos vividos.

E é justamente nesse ponto que podemos cuidar melhor de certos padrões de sentimentos. Questionando a estrutura dos nossos pensamentos, avaliando-os criticamente, reformulando-os, tentando alterar a interpretação que emitimos de certos eventos, mudando assim os nossos comportamentos e emoções sentidas.

Sócrates era outro filósofo que destacava que a forma como interpretamos o mundo tem forte relação com a nossa saúde física e mental. Sócrates pregava inclusive que temos o poder de curar a nós mesmos a partir da autoanálise e do questionamento sistemático de nossos pensamentos. Foi dado a ele, inclusive, o nome de um processo amplamente disseminado na TCC – o questionamento socrático – que nos orienta a examinar minuciosamente as nossas crenças e pensamentos, questionando-os, refutando-os, analisando as evidências reais de cada estrutura de pensamento gerado, para assim ir modificando as interpretações que emitimos. Com isso, podemos conscientemente, aos poucos, gerar novos padrões de pensamento, de emoções e de comportamentos.

E você, possui clareza de alguns pensamentos e interpretações distorcidas que costuma ter? Já fez a sua ‘autoanálise’ do dia?

Autor: Felipe Moretti

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