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9 de maio - 2023

COVID-19 e impactos na saúde mental

COVID-19 e impactos na saúde mental

Com o surgimento da COVID-19, a humanidade foi acometida pela maior crise de saúde pública internacional das últimas décadas.  A doença, causada por um novo coronavírus, foi identificada na China no final de 2019 e propagou-se rapidamente por todo o mundo, fazendo com que, em março de 2020, a Organização Mundial de Saúde (OMS) a reconhecesse como uma pandemia. Até 06 de outubro de 2022, contabilizava-se 616.951.418 de casos confirmados e mais de 6 milhões de mortes, sendo cerca de 680 mil delas no Brasil, segundo dados da organização.

 

Devido à alta transmissibilidade e potencial gravidade e letalidade da infecção, diversas mudanças comportamentais e dos hábitos dos indivíduos foram implementadas como medidas preventivas da disseminação viral. Entre elas, destacamos o isolamento social, a quarentena e o uso de máscaras, gerando não apenas importantes repercussões econômicas, mas também psicossociais. Tais modificações da rotina, somadas ao medo da enfermidade e da morte iminentes, às pressões econômicas, à sobrecarga de informações, além da insegurança e incerteza quanto ao futuro geraram grande sofrimento psíquico na população.

 

As experiências e emoções negativas relacionadas à pandemia passaram a desafiar dia a dia o equilíbrio e bem-estar psicológico dos indivíduos ao redor do mundo, favorecendo o surgimento ou a piora de sintomas depressivos e ansiosos, fobias, transtorno do pânico, sintomas obsessivo-compulsivos, insônia, uso nocivo de álcool e drogas, entre outros. Entretanto, assim como ocorrido em crises sanitárias anteriores, a saúde física das pessoas foi o maior foco de atenção de profissionais da saúde e governantes, atraindo menores esforços para o manejo adequado da saúde mental, que acabou sendo negligenciada.

 

Dessa forma, inúmeras pessoas adoeceram psiquicamente e, mesmo após sinais iniciais de resolução da emergência de saúde – como declínio do número de casos e mortes por COVID-19 e retomada das atividades habituais -, permanecem consequências psicológicas sérias e duradouras da pandemia em boa parte da população. Nesse contexto, é fundamental que as pessoas que estejam enfrentando essas dificuldades procurem cuidados psicológicos e psiquiátricos. Profissionais especializados irão contribuir para a promoção do bem-estar emocional e redução dos sintomas, fornecendo informações confiáveis, ativando e fortalecendo a rede de apoio do indivíduo e estimulando hábitos de vida saudáveis, como prática de atividades físicas e de relaxamento.

Autoras: Julia Eigenheer e Maria Eduarda Moreira-de-Oliveira

Revisão: Gabriela Bezerra de Menezes

Instagram: @toc.rio

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